segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Banco da Cultura tem 217 mil contos disponíveis para financiamento de projectos culturais, e todos os artistas e agentes culturais cabo-verdianos podem ter acesso à verba, anunciou segunda-feira, na Praia, o ministro Mário Sousa Lúcio.

Segundo o ministro, todos os artistas ou agentes culturais com projectos ligados à cultura podem ter acesso ao Fundo Autónomo de Apoio à Cultura (FAAC) através de cinco formas de financiamento, como a fundo perdido, reembolsável, adiantamento de verbas, fundo de garantia do BIDC e da lei do mecenato.
“Em todas as ilhas, existem um balção do Banco da Cultura, onde se pode apresentar os projectos”, disse o ministro, explicando que esses projectos têm de cumprir alguns critérios, como fomentar o emprego e gerir rendas, acesso à cultura, integração social e cultural, criação e inovação, sustentabilidade financeira e credibilidade técnica e financeira.
Mário Sousa Lúcio adiantou que o banco, criado há dois anos, conta neste momento com 199 projectos de pedido de financiamento ligados à música, filmes, artesanato, eventos culturais, espaço cultural, literatura, artes plásticas, teatro e dança, comunicação multimédia e entre outros.
“Todos os projectos têm de ser credíveis”, indicou, apontando que os projectos de fundo perdido e projectos orçados até 1500 contos não passam pelo banco comercial e que são financiados directamente pelo Banco da Cultura.
Por sua vez, o primeiro-ministro, José Maria Neves, assegura que o Governo pretende criar condições para o financiamento dos agentes culturais, abrindo “possibilidades para que possa haver mais igualdade de oportunidade entre todos”, de forma a terem acesso a apoios não reembolsáveis, mas também a financiamentos com custos mais baixos em igualdade de oportunidade para todos.
O chefe do Governo declarou que o Ministério da Cultura está a dar um “grande passo”,  que irá “provocar mudanças de atitude, de comportamentos” e uma “nova forma de abordar a cultura”.
“Cabo Verde tem grandes talentos culturais, onde estamos a criar e inovar, e é possível transformar todos esses talentos em riquezas, já que não temos recursos naturais”, referiu José Maria Neves, salientando que é “necessário apostar fortemente” nessas riquezas e patrimónios.
Gugas Veiga, produtor musical e agente cultural, explicou que esse fundo é “uma grande oportunidade para os artistas” e que vai criar espectativas em relação ao financiamento dos projectos dos agentes culturais para quem o fundo significa “o renascimento de uma nova esperança”.
Segundo o agente cultural, apesar do banco estar a funcionar há dois anos, existe ainda algumas burocracias, mas afirmou que vão trabalhar para que os projectos futuros se concretizem e sejam financiados dentro das normas previstas e dos critérios existentes.
O Banco da Cultura foi criado pelo Fundo Autónomo de Apoio à Cultura, e tem por objectivo contribuir para a preservação, defesa e valorização do património cultural cabo-verdiano, financiando projectos na área ca cultura, a fundo perdido e ou a título reembolsável.

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