terça-feira, 2 de abril de 2013

Os principais produtores de eventos e agenciamento de artistas estão expectantes quanto às mais-valias que o AME_CV vai trazer para a industrialização da música cabo-verdiana. Os profissionais do ramo traçam um cenário positivo mas alertam para a necessidade de mais formação na área para que possam competir, de igual para igual, com os estrangeiros.



Entre os profissionais da área que dão cartas no sector a expectativa é grande. Gugas Veiga é um dos agentes de artistas mais antigos do mercado nacional e que há dois anos começou a marcar presença em eventos do género. Como afirma, “esta é uma boa oportunidade de negócio para a minha empresa e para os artistas por mim representados”. “Com a feira vamos poder mostrar o trabalho a um grande número de agentes, directores de festivais, distribuidores e editoras internacionais”.

O mesmo operador destaca ainda que esta feira “vai abrir muitas portas aos artistas nacionais mais bem preparados e poderá ajudar na sua internacionalização”. Quanto às vantagens para a indústria musical nacional, Gugas explica que, à partida, “terá muito a ganhar, pois a AME_CV trará mais oportunidades aos integrantes dessa indústria, obrigando, ao mesmo tempo, a organizarem-se e a capacitarem-se melhor”.

Questionado sobre o facto de os promotores/agentes nacionais estarem ou não em condições de competir com os seus colegas estrangeiros, que vão estar presentes no evento, o nosso entrevistado fala de trabalho contínuo.
“Será um trabalho crescente de aprendizagem para os promotores e agentes nacionais. Só o facto de poderem estar em contacto com os melhores da indústria musical mundial fará melhorar a nossa qualidade de prestação de serviços e oferta, sendo que precisamos somente de apresentar os nossos melhores produtos musicais e lutar para que tenham sucesso”.

3B PRODUÇÕES MOTIVADA
A 3B Produções é outra das empresas de organização de espectáculos a marcar presença na AME_CV. “É importante estarmos representados num evento do tipo, que acaba por ser uma exposição a nível nacional e internacional, pois, além do público nacional, estarão presentes agentes culturais internacionais à procura de produtos ou serviços para os seus eventos”, explica Nuno Ceres, um dos sócios da empresa.
Apesar de não ser uma empresa onde o seu core business é o management artístico, a 3B Produções vai representar alguns artistas na AME_CV que já fizeram parte dos seus eventos, como é o caso de Dani Santoz, Batchart, Boy Gê Mendes e Nelson Freitas, entre outros.
Para esta empresa, a expectativa é grande, sobretudo, porque, em feiras como esta, “geralmente assinam-se vários contratos para tournées internacionais, o que faz com que nossos artistas possam expor a sua obra em vários países do mundo”.
Apesar de não se queixar do investimento de 6500 escudos no stand, que é prática comum em outras paragens, Patrick Borges, outro dos sócios da 3 B Produções, alerta para o trabalho de merchandising que as empresas têm de fazer.
“Os profissionais estrangeiros vêm equipados com vários materiais para venderem os seus serviços e produtos. Há catálogos de representação a produzir, flyers, CD’s, etc. Por isso, o Ministério da Cultura poderia ter proposto um pacote com possibilidade de as empresas fazerem as suas impressões com descontos. Porque não é só ter um stand”, esclarece.
O mesmo refere ainda que para que os profissionais nacionais possam competir com os internacionais “é preciso investir em formações a nível nacional, criar uma base de dados do sector e leis de protecção, que defendam os nossos interesses”.
GMS ENTERTAINEMENT APOSTA NA DIVULGAÇÃO
A produtora de eventos de Gilyto Semedo, a GMS Entertainement, é outra das presenças do AME_CV. Segundo esse artista e empresário, o objectivo é “dar a conhecer” a sua empresa e “criar um intercâmbio com as outras empresas da área e apresentar os nossos serviços/produtos”.
O nosso entrevistado acredita que esta feira irá trazer mais-valias para a indústria musical cabo-verdiana por ser uma “oportunidade dos artistas fazerem um tour a nível internacional ou arranjarem produtores/distribuidores para os seus trabalhos. Será uma abertura para um mercado mais vasto”.
Gilyto explica ainda que “os artistas cabo-verdianos só conseguirão viver da música se o nosso mercado for o mundo” e, para isso, é preciso “vender para fora uma das melhores coisas que temos: nossa música e os artistas”.
A GMS conta ainda ter também um stand no AME_CV por acreditar que “será uma forma de expormos os nossos produtos/projectos editados e realizados”.
Tal como os outros entrevistados, questionado sobre o facto de os promotores/agentes nacionais estarem ou não em condições de competir com os internacionais, Gilyto Semedo acredita que “os nacionais têm tanta capacidade quanto os internacionais”. Mas, reconhece, “a verdade é que os cabo-verdianos não têm as mesmas condições. Falta a tal base, organização, formação, experiência, apoios, etc. Sem isso é como oferecer um carro a quem não sabe conduzir”.

1 comentário :

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